Eu seria um baita de um mentiroso se dissesse, a vocês, que não admiro as bundas grandes e “rebolantes”. Estaria engazopando, também, se falasse que não admiro as coxas grossas e os magnéticos seios em formato de taça (de vinho tinto, de preferência). Mas a minha admiração – e de outros homens também – vai muito além do clichê pintado pelos comerciais de cerveja, e certamente ultrapassa os aspectos físicos e superficiais da mulher. Uma bunda bonita, confesso, sempre ganhará a atenção dos meus olhos, porém, para conseguir a admiração do meu coração e do meu cérebro, mulher, não basta saber rebolar hipnoticamente. Admiro as mulheres que têm…
1. HOBBIES
Parece besteira, mas, para mim, mulheres que possuem hobbies são muito mais interessantes. Quais hobbies? Qualquer um (menos aproveitar o tempo livre para implantar chifres em namorados dedicados). Na real, pouco me importa se o passatempo dela é assistir a vídeos de balé ou se – nas horas vagas – ela se distrai fotografando pássaros exóticos. O que importa, de fato, é saber que estou ao lado de alguém com gostos e interesses próprios, mesmo que completamente diferentes dos meus. Eu já conheci muitas mulheres vazias, que quando namoram – apenas para agradar – adquirem todos os interesses do cara. Não estou dizendo que a moça não pode – por influência do parceiro – começar a curtir MMA e a se interessar, de fato, por poesia. Acho, inclusive, que esse intercâmbio de interesses é muito benéfico para a relação. Porém, em minha opinião, toda mulher – e pessoa – deve possuir os próprios interesses, e não deve mudá-los por ninguém. Mesmo que os interesses dela, para mim, não pareçam interessantes, o simples fato de ela possuir interesses, automaticamente, faz com que ela fique mais interessante. Sacou? Qual a graça de gente que parece não gostar de nada? Nenhuma. Outra coisa: é bem mais difícil presentear gente sem hobbies. Se ela curte cinema, por exemplo, uma camiseta com uma estampa da Amélie Poulain pode fazê-la dar mortais de alegria.
2. FOCO
Que tipo de foco? Qualquer um (do profissional ao foco necessário para aprendermos a fazer simpáticos origamis). Já conheceu alguém totalmente desprovido de foco? Eu conheci inúmeras pessoas assim, e, para mim, é muito difícil manter um relacionamento estável com elas. Admiro a moça que tem objetivos claros e que não desistirá deles depois de – graças à revista do cabelereiro – descobrir que a Xuxa parou de fazer Pilates. Mudar de foco é normal, claro que é. Porém, em minha opinião, quem muda toda hora de foco, na verdade, não possui foco algum. E gente sem foco costuma ser assustadoramente imprevisível, a ponto de trocar de opinião antes mesmo do final da frase: “Eu gostaria muito que viajássemos para a Itá… na verdade, eu queria mesmo que fôssemos para Irlan… pensando bem eu acho que devemos ficar por aqui mesmo, para economizar!”.
3. REPERTÓRIO AMPLO
Eu admiro – e muito! – gente que possui um repertório que parece não ter fim. Sabe por quê? Pois gente assim aumenta, consideravelmente, as chances de o papo nunca acabar. E não me refiro, apenas, às pessoas que têm bagagem considerável quanto o assunto é física quântica ou literatura russa. Falo de gente sem preconceito que carrega informações dos mais variados tipos. Gente que conversa sobre música erudita, mas que – sem fazer cara de cu – também argumenta sobre o novo (já nem tão novo) nariz da Anitta e sobre a reprodução dos babuínos. Gosto de seres que valorizam a informação (de todos os tipos) e que fazem de tudo para absorvê-las.
4. VONTADE DE EXPERIMENTAR
Nada me broxa mais do que um “não gosto” dito por alguém que nem experimentou. Quando penso em uma namorada, imediatamente, penso em uma parceira para me acompanhar em viagens pelo mundo e disposta a experimentar tudo aquilo (do comestível ao cultural) que as culturas diferentes têm a oferecer. Definitivamente, eu não admiro aquelas mulheres que nunca dão uma chance ao novo. Já o contrário faz com que meus olhos brilhem.
5. TATUAGENS
Admirar uma mulher por causa das tattoos que ela possui, para muitos, pode parecer algo tão superficial quanto admirar uma moça devido a um belo par de seios. Mas para mim não é, acredite! Em minha concepção, a tatuagem não é apenas algo capaz de dar vida e beleza à pele. A tatuagem, de certa forma, traz à tona – ou à pele – algumas das características que eu valorizo na personalidade humana; como coragem, apreço pela arte, falta de preocupação com superficialidades futuras e a necessidade de expor algo que já não cabe mais do lado de dentro. Admiro as moças rabiscadas, e como!
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