Antes de decidir fazer uma cirurgia plástica, o paciente deve estar ciente que exitem riscos reais. Mesmo tomando todas as precauções, escolhendo bem o médico que irá realizar o procedimento e o hospital adequado, ainda sim podem acontecer complicações.
O cirurgião tem a obrigação de explicar tudo em detalhes, antes da cirurgia plástica. Por esse motivo o paciente assina uma autorização por escrito, chamado termo de consentimento, onde o paciente informa que está esclarecido sobre o procedimento cirúrgico e os riscos aos quais estará submetido.
E os riscos não acabam quando termina a cirurgia plástica. A parceria paciente-cirurgião deve continuar no pós-operatório, afinal, a maioria das cirurgias levam tempo para chegar ao resultado final esperado, algumas de seis meses a um ano. Por isso, visitas regulares ao médico são muito importantes. O paciente deve seguir a risca todas as orientações do profissional.
Os riscos não podem ser desprezados. Certifique-se que suas expectativas são realistas e que realmente vale a pena correr os riscos. Entre as complicações que podem acontecer em uma cirugia plástica estão:
Antibioticoterapia – Alguns médicos praticam a antibioticoterapia na tentativa de minimizar os riscos de uma infecção, mas o uso indevido de antibióticos, muitas vezes desnecessários, podem trazer prejuízos ao paciente que poderá criar resistência a determinadas bactérias.
Tromboembolismo venoso – É a combinação de duas doenças, a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar. A trombose venosa profunda é uma doença causada pela formação de coágulos no interior das veias profundas, geralmente nos membros inferiores. E embolia pulmonar é a obstrução das artérias do pulmão causada pela formação de coágulos. É uma doença muito mais freqüente do que se imagina, principalmente nos pacientes acamados ou hospitalizados.
Complicações anestésicas – As mais temidas são o choque anafilático (reação de hipersensibilidade à medicação que leva ao broncoespasmo e vasodilatação generalizada) e a hipóxia cerebral. Estas complicações são raras; houve uma grande diminuição nos riscos anestésicos devido ao uso de medicações cada vez mais seguras, bem como monitorização mais eficiente.
Hemorragia – Rara em cirurgia eletiva. Mais freqüente em cirurgias reparadoras de grande porte como ressecções oncológicas ou fraturas complexas de face. No entanto, pode estar presente em grandes reduções mamárias ou abdominais, ou em grandes lipoaspirações.
Necroses – Perda da vitalidade de alguma área operada por insuficiência da perfusão sanguínea. O sinal característico é o escurecimento. Ocorrem em cirurgias nas quais são descolados retalhos e são mais freqüentes no paciente fumante.
Infecção – Sua ocorrência provoca a abertura da ferida operatória e exposição de próteses. O tratamento é realizado com drenagem, retirada de prótese (quando houver), curativos e antibioticoterapia.
Deiscência – É a abertura da ferida operatória. Ocorre devido à infecção, falta de repouso local ou hematoma. Em alguns casos, requer tratamento com curativo durante o fechamento espontâneo, em outros, é possível o fechamento precoce com nova sutura.
Seroma – Acúmulo de exsudato em áreas descolada. É prevenido através de uso de drenos de sucção e tratado pela punção e esvaziamento.
Cicatrizes – As cicatrizes surgem sempre quando há incisão, portanto toda cirurgia plástica deixa cicatriz. A diminuição do estigma da cicatrização é conseguida pelo posicionamento em linhas naturais de força da pele, em regiões mais escondidas (sulcos e áreas cobertas pelas roupas) e uso de técnica adequada com instrumental e fios apropriados. Há variação de cicatrização entre indivíduos e entre regiões do corpo de um mesmo indivíduo. Por exemplo, cicatrizes na face tendem a ser de melhor qualidade do que na perna ou ombro. Os principais problemas cicatriciais são: queloide, hipertrofia, atrofia, hiperpigmentação, hipopigmentação, depressões, sinéquias e bridas.
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